quarta-feira, 20 de outubro de 2010


Brasileiros investem em cursos de línguas

De olho na Copa e nas Olimpíadas, o movimento nas escolas de línguas já aumentou 10%. A procura por inglês é maior.

O taxista José da Silva adora bater papo. Só não tem muita conversa se o passageiro falar inglês: “A gente tenta mímica, gesto. Nessa hora, vale tudo”.

E o que vem de turista estrangeiro... O jeito é aprender. Nem que seja à noite, depois do expediente. “Aulinha de inglês, de uma hora, a gente se divertir falando um idioma que o mundo todo fala seria interessante. Eu gostaria muito”, comenta o taxista Luiz Scorvo.

Taxistas, funcionários de hotéis, guias de turismo, vendedores de lojas estão movimentando os cursos de inglês em todo o país. Aumentou a procura, o número de matrículas já para o ano que vem.

“Quem tem um nível básico, a gente recomenda que comece desde já porque são uns dois anos para que a pessoa comece a falar, entender bem e poder passar aquela informação básica”, diz a professora de inglês Rayssa Dalben.

Algumas escolas vão fazer programas específicos.

“Vamos pegar situações do dia a dia, em que vão usar esse tipo de conteúdo na prática: hotéis, táxi para dirigir a pessoa ao local certo. Tudo vai ser mais direcionado”, explica o professor de inglês Marcelo Passos.

Tudo no clima da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A tarefa é desenrolar a língua até 2014.

“Faltando pouco tempo, quatro anos, é importante se preparar para isso”, diz o militar Jairo Rocha.

Os mensageiros de um hotel são agora estudantes. Pensam no inglês não só para agradar aos hóspedes.

“Para quem fala inglês, eles acabam sendo mais generosos. É sempre bom tratar o hóspede melhor”, comenta Geyson de Oliveira.

“Nessa área de hotelaria, acho que tem que ter um curso de inglês começando do básico ao avançado para poder chegar a subir de cargo”, diz um funcionário.

Mas e o espanhol, não precisa estudar?

“O pessoal procura mais o inglês, pela dificuldade do vocabulário. O espanhol fica como segunda opção. Se sobrar um pouquinho de dinheiro, se eu terminar o inglês, eles nos procuram para o espanhol”, aponta a coordenadora de curso Claudiane Caiafa.

“Muitas pessoas acham que sabem tudo por ser parecido, similar com português, mas na verdade não sabem muita coisa”, alerta a professora de espanhol Mariana Gutiérez.

Na dúvida, é melhor apelar para a simpatia.

“Se chegar um espanhol, não tem jeito. Vou só sorrir para ele”, avisa a estudante Karina Gomes.

Escolas de línguas se preparam para um aumento de mais 20% no número de matrículas no ano que vem e vão investir cada vez mais nos cursos específicos para os profissionais ligados ao turismo. Boa notícia também para os professores que terão mais oportunidades de trabalho. Tomara que a concorrência entre as escolas, evite uma alta nos preços dos cursos.

Um comentário:

  1. Alguém consegue o contato de Claudiane Caiafa pra mim? leobil@gmail.com

    obrigado

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