domingo, 8 de maio de 2011

A Águia


A águia empurra gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que ela sente resistência dos filhotes aos seus  persistentes cutucões: "Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?", ela pensou. Esta questão secular ainda não estava respondida para ela...

Como manda a tradição da espécie, o ninho estava localizado bem no alto de um  pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados dessa rocha.  Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. " E se justamente agora isto não funcionar?", ela pensou.

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão maternal estava prestes a se completar. Restava ainda, uma tarefa final...o empurrão.

A águia tomou-se de coragem que vinha de sua sabedoria interior. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer uma águia.

O empurrão era o maior presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor. E então, um a um, ela os precipitou para o abismo...e eles voaram!

Então para todas que são mães e sabem que os filhos são presentes de Deus e que o ser Mãe que sempre ama e cuida, sabe e sente assim como a águia que são os empurrões de cada dia que se aprende a voar.

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