Para que haja qualquer situação de mudança na educação é preciso primeiro uma mudança de atitude por parte dos docentes e quando o assunto é variação lingüística dos alunos em sala de aula o mesmo deve estar atento às diversas situações e passar a se posicionar da seguinte forma:
- Elevar o grau da própria auto-estima lingüística: recusar com veemência os velhos argumentos que visem menosprezar o saber lingüístico individual de cada ser humano;
- Os docentes devem se impor como falantes competentes de sua língua materna;
- Parar de acreditar que o “brasileiro não sabe português”, “que português é muito difícil” ou que as pessoas de classes mais baixas ou da zona rural “falam tudo errado”;
- Deixar de lado e denunciar afirmações preconceituosas, autoritárias e intolerantes;
- È por parte do docente que ocorre a mudança de atitude que deve refletir-se na não-aceitação de dogmas e sim adquiri uma postura crítica em relação ao seu objeto de trabalho: a norma culta;
- Em vez de repetir o que se encontra nas gramáticas o professor deve refletir sobre a mesma, lançando dúvidas sobre o que está dito em seu conteúdo, questionar a validade das explicações, filtrá-las tomando por base o seu próprio saber lingüístico e que emprega diariamente;
- O docente deve transformar-se num pesquisador em tempo integral e empreende-las em sala de aula junto com os alunos;
- Parar de querer entregar regras já prontas sendo que invés disso deve encontrar métodos inteligentes e prazerosos para que os próprios alunos deduzam as regras da norma culta em textos vivos, coerentes, interessantes, tanto escritos como falado.
Após análise de sugestões para mudar a situação do ensino das escolas sobre a problemática: variações e mudanças lingüísticas observa-se que é possível sim mudar este paradigma na língua, basta aplicar de forma coerente e dinâmica métodos que não causem dúvidas nos alunos sobre a língua como: o que é escrever certo ou se determinada região fala mais certo que outras; o que o docente deve fazer é sim ensinar as riquezas de nossa língua a sua evolução e importância, pois como afirma Marcos Bagno “... toda língua é viva, dinâmica, está em constante movimento – toda língua viva é uma língua em decomposição e em recomposição, em permanente transformação”.
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