sábado, 16 de abril de 2011

Letramento

Toda experiência é importante, desde quando se pretende ser um profissional capacitado no mercado e que sabe que o mesmo vai lhe exigir competências e habilidades que requerem ao docente atualização diária.  Durante todo o seu trabalho o mesmo deverá estar preparado para vários tipos de situação, desde falta de recursos da instituição de ensino, a aplicação de novas metodologias que em sua maioria não são de imediato bem aceito em instituições de estrutura metodológica tradicional.
Sabe-se que é a escola a responsável pela aprendizagem das habilidades de leitura e de escrita, ou seja, a alfabetização e a partir dessa aprendizagem básica é necessário o desenvolvimento dessas habilidades e competências para as práticas sociais que envolvem a língua escrita, ou seja, o letramento.
O letramento é o uso efetivo das habilidades de uma “tecnologia”, que os alunos aprendem no processo de alfabetização, que é o domínio do sistema de escrita, seus mecanismos e posturas nas práticas sociais.
Segundo Marcuschi (2010), o letramento envolve as mais diversas práticas da escrita (nas suas variadas formas) na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima da escrita, tal como individuo que é analfabeto, mas letrado na medida em que identifica valores do dinheiro, identifica o ônibus que deve tomar, sabe distinguir as mercadorias pelas marcas e etc., mas não lê jornais regularmente nem escreve cartas.
O letramento não é o equivalente à aquisição da escrita. Existem letramentos sociais que surgem e se desenvolvem à margem da escola, não precisando por isso serem depreciados. Em cada contexto que é utilizado, a escrita, seja na escola, no trabalho ou com a família, as ênfases e os objetivos de seu uso são variados e diversos.
Letrado é o individuo que participa de forma significativa de eventos de letramento e não apenas aquele que faz um uso formal da escrita.
Na visão de Magda Soares (INAF 2001, apud NORONHA, M. E; SOARES, L. S., 2006, P. 221.), denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse; habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mãos desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetivos, o interlocutor.
Porém, atualmente observa-se que novas didáticas de ensino e letramento vêm auxiliando professores no desafio de tornar seus alunos leitores autônomos e que sentem o prazer de compartilhar as experiências vividas pela prática da leitura e da escrita.
É durante a trajetória acadêmica que se obtém os conteúdos necessários para efetuar praticas eficazes de letramento, pois no ensino público o grau de letramento dos alunos está abaixo da média do que se espera em relação a uma boa escrita sem graves erros de português, pois o que se observa em são de aula são uma serie de erros ortográficos que poderiam ser evitados se fosse dado uma atenção especial a estes alunos desde o inicio de sua alfabetização onde é que surgem os primeiros sinais de dificuldade de aprendizagem, sendo em todo o país a região nordeste a que mais sofre com os altos índices de analfabetismo, denotando o quanto estão fracas determinadas metodologias de letramento nas escolas, completando com uma vida familiar sem base educacional que possa estar acompanhado este aluno em suas deficiências junto com os professores; e no final a mesma instituição aprova alunos completamente despreparados para as exigências do ensino superior e do mercado de trabalho.
Numa sociedade como a nossa, a escrita, enquanto manifestação formal dos diversos tipos de letramento é mais do que uma tecnologia.  Ela se tornou um bem social indispensável para enfrentar o dia-a-dia, seja nos centros urbanos ou na zona rural.

2 comentários:

  1. Onde estão as referências que vc utilizou no texto?

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    1. Desculpe a demora, estive afastada por motivos de saúde...

      As referências são:

      MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da Fala para a Escrita: atividade de retextualização. 10.ed. São Paulo: Cortez, 2010.

      NORONHA, Maria Eduarda; SOARES, Maria Luíza. Construindo e Aprendendo: Manual do Educador – Língua Portuguesa. São Paulo: Construir, 2006.

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