quarta-feira, 22 de junho de 2011

A PESQUISA NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR


Toda formação profissional que prepara para o exercício de um oficio gera problemas complexos, particularmente quando essa formação visa a um ofício voltado para o humano, como o ensino. As relações entre pesquisa e formação foram e continuam sendo objeto de debates; enfatizaremos a compreensão da pesquisa como atitude inerente à formação e prática docente.
A pesquisa é essencial à prática docente, pois o professor que assume a postura de pesquisador compromete-se com a elaboração própria, com o questionamento, com a emancipação política, com a formação da cidadania, com a criatividade, com a descoberta e com a redescoberta.
Somente o professor pesquisador possuí condições necessárias para transmitir algo via ensino, pois ele ao questionar, ao se desacomodar, estará em constante estado de preparação.
Nesse sentido, a pesquisa precisa ser compreendida como uma necessidade e como um dos maiores e mais importantes desafios para uma educação de qualidade.
A pesquisa tem como condição essencial que o profissional da educação seja investigador, ou seja, maneje a pesquisa como um principio cientifico e educativo sendo este o seu procedimento cotidiano. Assim, a pesquisa precisa ser contemplada como definição inerente à prática pedagógica. Bons resultados foram atingidos, por meio da realização de pesquisa, por exemplo: considerando as teorias direcionadas à área de educação, foi também possível e construtiva a troca de experiência a discussão sobre as teorias, sobre as práticas docentes e sobre como relacionar de maneira satisfatória a teoria e a prática na construção, enquanto educadores, visando o aprimoramento no ato de educar, aprender, pesquisar e construir. Dessa maneira, a pesquisa deve ser assumida como uma atitude processual cotidiana inerente a toda prática que deseja de fato modernizar-se e aperfeiçoar-se, pois quem assume uma atitude de pesquisa, está em constante estado de preparação. Três aspectos são fundamentais para se garantir um educador que reflete em suas ações: O primeiro diz respeito à aquisição de uma bagagem cultural com compreensão política e social. O segundo que em sua formação o educador possa ampliar a capacidade de reflexão crítica sobre a prática; e o terceiro que este educador construa e reconstrua uma postura de entrelaçamento entre o pensar e o agir pedagógico. É na reflexão e ação que o professor toma como dimensão o ser reflexivo. O educador deve voltar o olhar com sentido e significado naquilo que irá favorecer a si mesmo ampliando suas hipóteses, criando outras e dar respostas para novas situações. Para que a formação do educador se efetive em uma prática – reflexiva sua formação deve estar atrelada ao processo de indagação, de descobertas, isto é, produção de um ato em movimento que possua um sentido e um significado para a investigação. O educador em sua formação tem que se constituir de um saber-fazer com a dimensionalidade de seu papel político e assim, contribuir em sua prática educativa para a formação de sujeitos com compreensão da realidade em que vive e que deverá atuar e modificar socialmente. O professor deve estar sempre em atitude de busca, em atitude de esvaziamento interior, essa atitude de busca, de abertura, esse interrogar a realidade de cada dia, é viver um permanente e rico processo educativo. O professor não é alguém que apenas domina certas habilidades e afazeres predeterminados à sua profissão.
Ser professor exige necessáriamente, assumir uma forma de continuar avançando em conhecimentos, pois essa atividade obriga a pensar permanentemente, questionar, indagar, reconstruir, isto é, tornar-se pesquisador para produzir conhecimentos.
A formação qualificada do professor tem a ver com a consciência do próprio educador do seu papel de mediador para construção do conhecimento do educando. Refletindo sobre as suas práticas educativas, em sala de aula, nas quais esse educador precisa atentar a existência de diferentes intencionalidades educativas nas ações pedagógicas de quem educa.
O professor não deve afastar-se do perfil de ser pensante, pesquisador, de ações políticas e pedagógicas, produtor de reflexões constantes sobre os seus valores e práticas cotidianas, para isto é necessária à consciência e humildade que também ele, não só o aluno, deve estar disposto “a aprender a aprender” sempre.
Sabemos que o professor precisa seguir as normas do sistema educacional, quase sempre tradicional, mas ele tem autonomia em sala de aula, por isso, sua metodologia de ensino, sua prática educativa, é que fará a diferença e esta tem que ter qualidade.
Contudo, por ser o professor o mediador do processo de aprendizagem, este não pode desprezar as experiências de vida e os conhecimentos trazidos pelos alunos, pois este deve ser o ponto de partida para motivar e transformar a realidade, para que ocorram mudanças e avanços, a fim de que haja integração na sociedade letrada.



 Referências: CRUZ, Gisele Barreto da. Pesquisa e Formação de Docentes: Apontamentos Teóricos.

                                                                                                                                                            
 

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